top of page

Pernambuco com muito carinho

  • por Fernanda Bertino
  • 18 de mar. de 2016
  • 7 min de leitura

Depois de passar uns dias acampando em São Miguel dos Milagres - AL, partimos direto para Recife - PE, onde fomos acolhidos de forma muito carinhosa na casa de Dona Ester, mãe de duas grandes amigas.


Foram 6 dias muito agradáveis, onde nos sentimos em casa, de verdade.

Pra vocês terem uma ideia do quanto que isso é verdade, quando eu perguntei pra Filó o que ela tinha gostado mais do Centro Histórico de Recife ela sabiamente resumiu: "Gostei mais da casa da Vovó Ester, porque é bonita, tem tapioca e tem cachorrinho." =)



Conhecer uma cidade pela ótica de quem mora lá é muito enriquecedor. Sentir a rotina da casa, os horários da cidade, ver o que realmente se come (as verdadeiras comidas típicas, não aquelas que são apenas típicas para turista ver, rs)...

Durante as 6 noites que passamos em Recife e Regiões nós visitamos:

- Praia de Boa Viagem

- Centro Histórico:

- Paço do Frevo

- Centro Cultural Cais do Sertão Luiz Gonzaga

- Embaixada de Pernambuco - bonecos gigantes de Olinda

- Marco Zero

- Olinda - Mirante da Caixa D'água da Sé

- Oficina Brennand

- Porto de Galinhas.


Curtimos a Praia de Boa Viagem no domingo, onde vimos que o cuidado para não ser atacado por tubarões é real - as pessoas não entram muito longe no mar, mas conseguem se refrescar tranquilos com água quase na cintura. A praia estava cheia, vendedores perambulando pelas areias, pessoas curtindo uma cervejinha em pequenos isopores embaixo do guarda-sol, crianças querendo picolés e não dando muito bola para o vendedor de pipas, não foi o caso da Filó, etc. A orla tem aqueles quiosques que vendem coco, bebidas e petiscos. Uma típica praia de domingo.


A orla de da Boa Viagem é extensa e a maré tem altas e baixas bem demarcadas. Reparei que, olhando para o mar, o canto mais à direita é cheio de pedras e é onde fica sem areia a qualquer sinal de cheia da maré. Vá para o lado esquerdo, onde a areia é larga mesmo com maré cheia.


Bem, para o Centro Histórico, fomos e voltamos de ônibus e foi bem tranquilo: sempre sentados e orientados pelas próprias pessoas que estavam nos pontos e dentro dos ônibus. Inclusive tenho que dizer: os pernambucanos foram sempre bem simpáticos e solícitos conosco.


Esse passeio levou um dia inteiro e deixou gostinho de quero mais, pois tem muitas outras atrações num circuito que dá para fazer a pé.


Ao chegar no centro, meu conselho é que você vá direto para o Posto de Informações Turísticas ali na Praça do Arsenal para pegar um mapa, perguntar quais atrações estão com desconto ou entrada gratuita e assim traçar seu roteiro dentro das possibilidade de tempo, grana e disposição física. Nós traçamos um roteiro com atrações mais lúdicas e bem próximas umas das outras para manter o interesse da Filó e também não cansá-la muito, pois ela tem apenas 2 anos.


Fizemos o seguinte:


Chegamos ao Centro já passava das 10 horas (com criança dificilmente você consegue chegar nos lugares muuuito cedo, rs). Então pegamos as informações turísticas e com o mapa nas mãos iniciamos nosso passeio:


O Paço do Frevo (http://www.pacodofrevo.org.br/), é praticamente ao lado do posto de informações turísticas e tem entrada gratuita as terças-feiras, então começamos ali mesmo. Lugar maravilhoso, exposição muito bem montada e com diversos pontos de interação para adultos e crianças. Lá também funciona uma escola de Frevo, onde se ensina a dança e também a música. No último andar, além de ser lindo esteticamente, tem 2 salas com filmes sobre o Frevo e é oferecido uma vivência com um professor de Frevo bastante simpático. Assim que você chegar ao Paço já pergunte sobre os horários da vivência, pois vale muito a pena.


Nossa aulinha foi maravilhosa, Filó dançou muito, aprendeu a diferença entre Frevo Canção e Frevo de Rua, aprendeu alguns passos, aprendeu o compasso e depois não queria ir embora kkk.

Eu, Nando e mais umas 1o pessoas de todas as idades também caímos na folia, já que ninguém pode ficar parado numa vivência dessas.


Almoçamos em um quilo não muito gostoso na Rua do Apólo e seguimos o passeio.


O Centro Cultural Cais do Sertão Luiz Gonzaga (www.caisdosertao.com.br) me surpreendeu muito positivamente. Ele está em obra de expansão, então há muita obra do lado de fora e quando chegamos achei que estivesse meio abandonado, que nada! Museu maravilhoso e bem interativo também. A entrada é R$ 10,00 e vale. Muito bonito e bem montado: mostra um pouco de todas as características do sertanejo e dos cangaceiros: vestimentas, moradia, comidas, hábitos, instrumentos musicais, etc. Há vídeos com depoimentos de pessoas que deixaram o sertão em busca de uma vida diferente nas cidades grandes, há salas destinadas a ensinar a tocar o acordeão e outros instrumentos típicos, há salinhas com microfones e instrumentos conectados a computadores para o visitante fazer uma mixagem, há um corredor escuro com um banco para que o visitante se sente e assista a um "show" tipo holográfico com os principais ícones musicais do sertão (Não é só o Luiz Gonzaga, rs). Enfim, muita coisa legal para fazer lá dentro e ainda tem um aquário/rio aberto percorrendo todo o primeiro pavimento com peixinhos de todos os tamanhos.


Como visitamos após o almoço, a Filó chegou lá com soninho, então ela ficou deitadinha num banco da recepção com o Nando enquanto eu fazia a visita e, quando ela acordou, ela entrou comigo e ficou encantada principalmente com os peixinhos, com o corredor escuro e com um corredor de espelhos assimétricos. Adoramos a visita.



Depois seguimos para Embaixada de Pernambuco - bonecos gigantes de Olinda (http://www.bonecosgigantesdeolinda.com.br/) . Essa visita não foi legal, foi bastante frustrante até. Cobram R$ 10,00 para você entrar numa sala pequena e mal ventilada onde são guardados alguns bonecos gigantes. Deu a sensação de ser um depósito. Não tem nada explicativo ou interativo. Os bonecos estão em pé no chão, lado a lado encostados nas paredes, então você só consegue ver a parte da frente deles. Ninguém explica nada sobre como são produzidos ou quando, ou por quem.... Nada! O máximo de interação que consegui com a Filó foi colocar uns chapéus e óculos, que eles deixam em duas caixas de papelão, e tirar fotos. Não recomendo.



Por outro lado, o passeio pelo Marco Zero foi ótimo e de graça, rs. A vista é linda e o lugar tem uma vibração muito boa: pessoas andando de bike, estudantes perambulando, crianças brincando... A fome vai bater, mas não se preocupe, há restaurantes ali no entorno. Ou leve um lanchinho, sente na mureta e mande ver, rs. Nós comemos bananas e biscoitos que havíamos levado e compramos uma bebida. Foi um fim de tarde bem bacana.


Na tarde que passamos em Olinda pudemos ter uma bela vista aérea da cidade subindo no Mirante da Caixa D'água da Sé de Olinda: um elevador que te leva pra cima da caixa d'água, custa R$ 7,00. Lá de cima você vê a imensidão do mar, vê milhões de igrejas, vê a pracinha logo abaixo, pra onde você desce e experimenta uma tapioca, ou acarajé e toma uma água de coco, nota 10! Tem umas lojnhas de artesanato e brinquedos montados para criança também nessa pracinha, Filó foi no pula-pula. Fomos de carro com uma amiga e ela conseguiu vaga ali pertinho (tem flanelinha). Não sei como se chega lá a pé/de ônibus, pesquise, pois Olinda é cheia de ladeiras e esse ponto é bem alto, rs.


Um passeio que nos surpreendeu bastante também em Recife foi na Oficina Brennand (http://www.brennand.com.br/): Francisco Brennand é um artista de quase 90 anos, ainda vivo e muito produtivo que trabalha cerâmicas como eu nunca tinha visto antes, além de pintar também. Não bastasse sua arte em si, ele deixa em exposição permanente grandes obras suas nessa Oficina, que nada mais é do que um parque enorme (enorme mesmo) a céu aberto e todo cuidado e arborizado. Há também uns galpões, uns fazem parte da exposição, outros são depósitos de matéria prima e peças acabadas que são encomendadas no Brasil e exterior, outros servem de salas de aula para aprendizes e assim vai... Tem também artistas finalizando pinturas nas cerâmicas ali, na sua frente! O máximo!



Lá você pode passar um dia inteiro sem cansar, inclusive tem um restaurante muito gostoso. A bem enriquecedor para as crianças, pois mexe bastante com a criatividade. Além de ter jardins bons para correr e uns cisnes negros soltos lindos que rendem bastante distração para nossos pequenos.


A entrada da Oficina é paga, não lembro quanto, mas vale a pena.

Nós fomos de carro, não sei como chega de ônibus, pois é no meio do mato, rs, numa localidade chamada Várzea.


Atenção: há também em Recife um lugar chamado Instituto Ricardo Brennand (http://www.institutoricardobrennand.org.br), cuidado para não te confundir. O Francisco é o artista e seu centro de visitações é a Oficina Brennand (http://www.brennand.com.br/). o Ricardo é parente do Francisco e coleciona e revende peças do Francisco. Seu centro de visitação (museu) é um verdadeiro castelo e se chama Instituto Ricardo Brennand. Os dois ficam bem próximos, podendo trazer confusão. Nós fomos apenas na Oficina pois o Instituto só abria as 13h.


Ficamos realmente encantados pelo lugar!


Para finalizar nossa passagem por Recife, ficamos uma noite em Porto de Galinhas. Fomos de carro com o Seu Thales (pai de nossas amigas) e dormimos na casa que ele aluga lá. Lugar lindo, gente. Praia linda, mar transparente e quentinho, ruas charmosas, os enfeites de galinhas por todo canto, rs. Uma das brincadeiras com Filó era procurar uma galinha pra tirar foto. Porto é bem desenvolvido turisticamente, há muitos hotéis, restaurantes, agências de viagens oferecendo passeios... Demos sorte de irmos fora da altíssima temporada, então encontramos um lugar cheio somente o suficiente para movimentar o comércio.


Bem, fiz o passeio de jangada para ver os peixinhos e os corais. Lindo!

Lá existem 2 tipos de passeio: um te leva de jangada um pouquinho pra dentro do mar, te coloca numa plataforma flutuante e te deixa 1h30min mergulhando de snorkel, máscara e colete por entre os corais em busca dos peixes, o outro passeio leva 40min e te leva menos um pouquinho pra dentro do mar e te deixa andando por entre os corais também à procura dos peixes.


Eu fiz o primeiro passeio, sozinha e gostei muito. Vi até aquele peixinho azul de Procurando Nemo, rs, e o passeio (R$ 30,00) já tem incluído fotos e vídeo subaquáticos, que por sinal ficaram hilários.



O Nando foi nadando até o spot do segundo passeio e amou também, viu muitos peixes e fez sua própria filmagem e fotos com a GoPro, R$ 0,00 rs.


Dica de mãe: Na praia de Porto há umas pedras que formam uma piscininha, ideal para nossos filhotes. Cuidado apenas com os ouriços do mar. Não aconteceu nada com a Filó, mas eu e Nando voltamos pra Recife com pontinhas de ouriços espetados nos pés. Dói pra tirar.


Só posso dizer que Pernambuco foi nota mil e que ganhamos uma família arretada de boa por lá!


Próxima parada: Pipa, Rio Grande do Norte.





 
 
 

Comentários


Posts Destacados 
Posts Recentes 
Siga
  • Facebook Long Shadow
  • Twitter Long Shadow
  • YouTube Long Shadow
  • Instagram Long Shadow
Meus Blogs Favoritos

em breve

Procure por Tags

© 2016 por História pra Contar. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page